sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Inacabado!

A miséria e os ritos religiosos!

Pode parecer a um olhar pouco observador, que com o passar dos tempos nos afastamos dos antigos rituais religiosos. Com um pouco de atenção e maldade acrescentados a esse mesmo olhar, podemos vislumbrar uma perspectiva diferenciada. Arrancando o véu da bondade religiosa com que vemos as coisas no mundo e parando de assistir tantos programas de tv, talvez perceberemos o que há por trás das nuvens.

Hoje pela manhã, lembrei que há miséria no mundo, por maior que seja o esforço pra que não se perceba isso, às vezes a gente até consegue. E que também há vários tipos de miséria e que pareceria necessário limitar um pouco o conceito pra poder facilitar (pra mim e não para quem sofre) a minha proposta. Trataremos aqui da miséria que leva a morte, seja por fome, doenças não tratadas, o que normalmente chamamos de condições subumanas.

Para ilustrar a situação, pensemos na África, na parte mais pobre da mesma. Naquela em que fotógrafos ganham prêmios como o Pulitzer (que acompanha além de reconhecimento uma grande quantia financeira).

Também hoje pela manhã, nesse surto de consciência matinal, lembrei que a riqueza no mundo (e como há). Infelizmente não distribuem pra todo mundo, mas fica o apelo religioso e emocional do mesmo: Pelo amor a Deus, distribuam! Repetindo o método ilustrativo, pensem nas mansões, nos hotéis "seis estrelas", nos carrões importados que custam milhões etc.

Aí pra deixar vocês de boca aberta, acreditem se quiser, passei algum tempo pensando nos rituais religiosos antigos, de todas as espécies. Aqueles que eram realizados para se pagar uma dívida, seja por erros cometidos, por favores realizados ou por ter falhado com as entidades divinas e suas recomendações específicas. Lembrei que no começo sacrificavam os parentes, depois se amenizou um pouco e começaram a matar animais, servos e escravos, no lugar dos familiares. Assim a consciência estava lavada e a família permanecia sem desfalques.

Juntei tudo nessa cabeça que no meu corpo se encontra, e cheguei a um raciocínio quase que "lógico". Acompanhem: Aqueles que usufruem com muita vantagem sobre os demais (os ricos e opressores) das riquezas do mundo e que às vezes (pouquíssimas) por causa da religiosidade que toma conta de seus corações, sentem um peso na consciência, usam os miseráveis como sacrifício, da mesma forma que antigamente se utilizavam os servos, escravos e animais, que serviam de pagamento as divindades por todos seus erros cometidos.

Não seria a África miserável o sacrifício dos milionários e suas multinacionais? Será que pra cada humano privilegiado que come por seis, o africano que morre de fome, serviria de sabão para a consciência?

Um comentário:

Unknown disse...

Amei a sua preocupação com o tipo de sociedade que estamos criando com esta educação que se impõe de forma mecanicista e nega as particularidades do real, afinal de contas aqui podemos falar.
Ah! anti-heroi "filho da sogra de minha colega", vc pediu deixar o recado no orkut de quem?